“Mais difícil foi ser presidente do Bahia”, atesta Paulo Maracajá

Por: Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre) - 24 de Março de 2014 - 19h49

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Após 20 anos no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o conselheiro Paulo Maracajá, atual presidente do órgão, se aposentou. Em homenagem proposta pela União dos Municípios da Bahia (UPB) na tarde desta segunda-feira (24), Maracajá falou dos momentos mais difíceis da sua atuação. Engana-se quem pensou enquanto ele foi empresário, vereador de Salvador ou até mesmo à frente do órgão. O mais difícil para o ex-conselheiro foi ser presidente do Bahia.

Maracajá atuou na presidência do clube entre 1972 e 1994. E apesar de ser torcedor fanático do time, já garantiu que não volta para a direção. “Ser presidente do Bahia foi a coisa mais difícil que tive porque você envolve com a emoção e paixão. Já nos outros não se tem tanta emoção e paixão. É a verdade da lei. É mais racional”.

Na presidência do órgão desde 2011, Maracajá destacou o convênio que fez juntamente com a UPB para os encontros regionais de capacitação com gestores municipais. “Foi muito frutífero, tanto com Luiz Caetano quanto com Maria Quitéria”.

A presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), afirmou que há dificuldades em relação aos recursos para os municípios. Com isso há obstáculos para se cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. “A rigidez é para se cumprir a lei que está imposta e devemos seguir”.

O vice-governador, Otto Alencar, ponderou que a culpa pelas rejeições de contas dos municípios não se dá por um conselheiro ou outro e sim pelo cumprimento da lei. “O que os prefeitos precisam fazer é pressionar o Congresso Nacional para alterar alguns artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

O governador Jaques Wagner chegou atrasado, mas ainda conseguiu tecer elogios à gestão de Maracajá. “Sempre tivemos uma boa relação e o governo procurou valorizar os tribunais de contas, tendo a oportunidade de contribuir. Tenho certeza que o TCM prefere ajudar que punir”.

Em seu discurso emocionado, o ex-conselheiro chamou a atenção para a equipe de trabalho. “Não estou triste por sair do TCM. Estou saudoso pelas amizades que fiz aqui”.

Vaga

Não está definido quem ocupará a vaga do conselheiro Francisco Neto – que assume a presidência do órgão. Wagner ainda terá que administrar a situação, pois vai indicar, dentre os pretendentes, os parlamentares Mário Negromonte (PP), Nelson Leal (PSL) e João Bonfim (PDT), e dirigir o processo para angariar apoios, já que o Ministério Público de Contas (MPC) também requereu a vaga com o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2010.

A época, Wagner se comprometia em nomear o primeiro procurador aprovado no concurso público de 2012. Entretanto haveriam de preencher os requisitos: três anos de nomeação em concurso público e acima de 35 anos de idade. Ao final do evento, o governador disse à reportagem do Bocão News que não sabe quem indicar e não há data prevista para anunci