Deputado Carlos Gaban quer anulação da votação para o TCE
Parlamentar diz que eleição vencida por Zezéu Ribeiro foi irregular.
Escolha de conselheiro do tribunal foi marcada por confusão; veja o vídeo.

O deputado Carlos Gaban (DEM) afirmou que entrará na Justiça para pedir a anulação da votação para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que foi realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador.
Gaban, que disputava o cargo de novo conselheiro do tribunal, com o também deputado Zezé Ribeiro (PT) diz que ocorreu violação do sigilo de voto, na ocasião.
De acordo com o Gaban, os colegas da bancada do governo estavam sendo coagidos a comprovar o voto para o deputado Zezéu Ribeiro, candidato indicado pelo governador do estado. A confusão teria começado quando o deputado Sargento Isidório foi visto fotografando o próprio voto, que é secreto.
"O poder legislativo ganhou, quando no primeiro turno nós derrotamos o governo Wagner no voto. Tive 28 votos, Zezéu 27 [votos]. No segundo turno, que é obrigado a ter o segundo turno quando ninguém tem 32, o governo, sabendo da sua derrota, de uma maneira, digamos, antidemocrática, chamou todos os deputados do governo, na sala da presidência e quatro deles, constrangidos vieram nos comunicar que foram obrigados a fotografar o voto no plenário quando estivesse na cabine”, relata Gaban.
O deputado ainda disse que já reuniu os dados e que vai consultar os advogados, antes de entrar com a ação. "Vamos procurar a OAB e o Ministério Público e ver se eles são parceiros nessa ação", diz.
saiba mais
Já o presidente da ALBA, deputado Marcelo Nilo (PDT), contesta Gaban. Ele disse que não podia proibir os parlamentares de entrarem na cabine com o celular. Citou ainda, a atitude dos deputados que jogaram a urna e os votos no chão durante a eleição.
"O deputado Elmar Nascimento (DEM) e o deputado Paulo Azi (DEM) ultrapassaram os limites do respeito ao parlamento, jogaram os votos no chão, jogaram a urna no chão e os dois irão para o conselho de ética", afirmou.
O deputado Elmar Nascimento justificou atitude tomada por ele. "A gente assistindo deputado que entrava na cabine, fotografava, e a gente via o flash na frente da gente. Tem que ter muito sangue frio para não reagir a altura", falou o deputado.
Zezéu Ribeiro afirmou que a votação foi legítima. "Ela [a votação] é válida. Ela foi filmada, foi passada ao vivo. Não há nenhuma ocorrência que leve ao descredenciamento do processo eleitoral", aponta.

Confusão
A votação que elegeu o deputado federal Zezéu Ribeiro como novo nome do TCE, contra o deputado estadual Carlos Gaban, foi marcada por confusão generalizada ALBA, em Salvador, na noite de quarta-feira (28).(Veja o vídeo ao lado)
A votação que elegeu o deputado federal Zezéu Ribeiro como novo nome do TCE, contra o deputado estadual Carlos Gaban, foi marcada por confusão generalizada ALBA, em Salvador, na noite de quarta-feira (28).(Veja o vídeo ao lado)
Foram precisos duas votações para conseguir a maioria absoluta dos votos, que é de 32. Na primeira, Zézeu ficou com 27 e Gaban com 28. Já na segunda vez, o petista conquistou 35 e o democrata 23. Dos 63 deputados, 61 estiveram durante a votação.
O líder da oposição, o deputado Elmar Nascimento (DEM), acusa que ocorreu violação do sigilo de voto e afirma que vai entrar com uma ação na Justiça pedindo reconsideração.
O líder da oposição, o deputado Elmar Nascimento (DEM), acusa que ocorreu violação do sigilo de voto e afirma que vai entrar com uma ação na Justiça pedindo reconsideração.
O presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), nega que houve fraude na eleição e indica que vai entrar com representação no Conselho de Ética para apurar a conduta dos deputados Elmar Nascimento e de Paulo Azi, ambos do DEM. Gaban, que perdeu a votação, assumiu mandato em janeiro de 2013 como suplente Gildásio Penedo, que renunciou para assumir cargo no TCE.
"Quebrar o decoro é pegar os votos, as urnas e jogar no chão. O deputado Elmar disse que a Casa é um cabaré, um prostíbulo. É um desrespeito à Casa. A pessoa tem que ser grande e saber perder. Eles queriam que eu proibisse e revistasse a entrada de deputados com celular. Eu não posso, não tenho esse poder. A eleição foi limpa", afirmou.
"Quando o governo viu que ia perder, determinou a violação dos sigilo do voto. Vimos flashes. Um deputado que me disse e denunciei. Pedi que deputado não enterrasse na cabine com o celular. O voto é secreto. É caso de quebra de decoro. Vamos reunir com jurídico", relatou o líder da oposição, Elmar Nascimento. Em seguida, ele diz que não chegou a ver os flashes e que não houve flagrante do registro do voto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário