Casos confirmados de chikungunya sobe para 718 em Feira de Santana
Balanço foi divulgado nesta terça (2) pela Secretaria de Saúde da cidade.
Números correspondem ao período de 29 de março a 29 de novembro.
O número de casos confirmados de chikungunya em Feira de Santana, cidade a 100 Km de Salvador, subiu de 641 para 718. As informações fazem parte do novo balanço da Secretaria Municipal de Saúde da cidade, divulgado nesta terça-feira (2).
São 77 novos casos, comparados aos dados do boletim da última terça-feira (25)
Os números correspondem ao período de 29 de março a 29 de novembro. Conforme o levantamento, foram notificados 1.346 novos casos suspeitos da doença, sendo 718 casos confirmados, 148 descartados e 480 em investigação.
De acordo com a Secretaria de Saúde do município, os casos suspeitos estão concentrados na faixa etária de 35 a 49 anos (29,79%), seguida das faixas de 20 a 34 anos (26,44%) e 50 a 64 anos (16,93%). O sexo feminino predomina com 903 casos (67,08%) e masculino com 443 (32,91%).
Dos 77 bairros onde foram registrados casos da doença em Feira, o bairro George Américo ainda é o que concentra o maior número de notificações, com um total de 469 (34,84%). Logo após estão os bairros Campo Limpo, com 236 (17,53%), Sítio Novo, com 58 (4,30%) e Cidade Nova, com 45 (3,34%). Os pacientes com diagnóstico confirmado não relatam viagem a países com transmissão da doença, sendo considerados casos autóctones (natural da região).
Ainda de acordo com a Secretaria Municpal de Saúde, dois pacientes estão hospitalizados, sendo acompanhados pela Instituição Hospitalar e Vigilância Epidemiológica. Não há registro de morte em decorrência da doença na Bahia até o momento.
Já segundo informações do Ministério da Saúde, também divulgadas nesta terça-feira, até o dia 15 de novembro, 1.364 casos de infecção pelo vírus foram diagnosticados no país. Do total, 1.293 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 71 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados durante viagens a outros países.
Houve 759 casos transmitidos na Bahia, 531 no Amapá, 2 em Minas Gerais e 1 no Mato Grosso do Sul.
Do total de casos, 125 foram confirmados por exame laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. De acordo com o Ministério, quando há transmissão intensa em determinada região, o diagnóstico pode ser feito pela observação dos sintomas, caso o paciente tenha tido contato com outras pessoas infectadas.
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Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypt, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
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