Policial que matou namorada na rua tem histórico violento, diz delegado
Crime foi na quinta (24), em Curitiba; homem atirou após algemar a jovem.
Policial civil foi afastado do serviço de rua por problemas disciplinares.
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O policial civil que algemou e matou a namorada de 23 anos em uma rua deCuritiba, na tarde de quinta-feira (24), tem histórico violento, conforme informou o delegado-chefe da divisão de investigações da Polícia Civil, Luiz Alberto Cartaxo, nesta sexta-feira (25). O delegado disse que o policial se envolveu em uma briga com vizinhos, em 2010, e em uma briga em um bar, em São Paulo, há mais de um ano.
Depois de ter matado a namorada, o homem de 38 anos tentou se matar com um tiro no pescoço. Desde então, ele está internado no Hospital Cajuru, na capital. Ainda na quinta-feira, ele passou por uma cirurgia que durou aproximadamente seis horas. De acordo com o hospital, até a noite desta sexta ele seguia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave e com risco de morrer.
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O policial já responde a dois processos administrativos. De acordo com o delegado, o processo referente à briga de vizinhos terminou em acordo entre as partes. Porém, o procedimento administrativo ainda está em andamento. Também está aberto outro processo – o da briga no bar. Segundo Cartaxo, como este caso ainda não foi concluído, o policial não foi efetivado na instituição mesmo tendo cumprido os três anos de estágio probatório, que é necessário para se ganhar estabilidade na Polícia Civil. Ele entrou para a corporação em 2010.
O histórico de confusões contribuiu para que o rapaz, formado em direito, fosse transferido para o Núcleo Jurídico da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, conforme o delegado. "Por precaução, ele foi afastado do serviço de rua e colocado em uma área administrativa. Essa foi a medida que a polícia, naquele momento, entendeu como viável e juridicamente cabível", explicou.
Mesmo com esta medida, o policial manteve o porte de arma porque, segundo o delegado, todo policial, independentemente da função, precisa da arma. Entretanto, Cartaxo disse que isto pode mudar quando é constatado um estado psicológico inadequado ao uso de arma – o que não aconteceu com o policial. Ele foi submetido a uma avaliação psicológica quando entrou para a corporação. À época, foi considerado apto, porém, depois ele não foi mais examinado.
De acordo com o delegado, como ambos os processos administrativos contra o policial ainda não foram concluídos, não foi determinada uma nova avaliação psicológica. O delegado também declarou que, embora o rapaz esteja no hospital, ele está preso, autuado em flagrante por homicídio qualificado.
A Delegacia da Mulher investiga o caso e ainda não divulgou detalhes do crime. Anteriormente, a polícia informou que a mulher tinha um filho pequeno com outro homem.
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