Radares de R$ 50 mi não funcionam há quase um ano em parte da BR-324
De um total de 28 equipamentos, 15 estão parados.
Infraestrutura do processamento de imagens está em testes, diz ANTT.

Os 15 radares colocados há onze meses na BR-324 ainda não começaram a funcionar. Os equipamentos instalados pela Via Bahia, concessionária que administra a rodovia, custaram R$ 50 milhões.
Tanto a Via Bahia, quanto a Agencia Nacional deTransportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresentam justificativas diferentes sobre o motivo dos radares ainda não estarem registrando as infrações.
Em nota, a Via Bahia disse que não tem como fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito. A ANTT alega que a fiscalização depende de um termo de cooperação entre a eles e a Polícia Rodoviária Federal, e que a infraestrutura e logística para o processamento das imagens estão em fase de testes. Ainda de acordo com a ANTT, o prazo para o funcionamento dos 15 radares é fevereiro do ano que vem. Já a PRF diz que está aguardando um posicionamento da Via Bahia e da ANTT.
"O que falta ainda é um tramite burocrático entre a Via Bahia E a ANTT, então o que cabe a PRF é a parte de fiscalização e processamento das multas. Não depende da PRF que eles estejam funcionando", explica o Júlio Marcelino, inspetor da PRF.
Na BR-324, entre Salvador e Feira de Santana estão 3 dos 100 trechos mais perigosos do país. Por enquanto, a fiscalização é feita com 13 radares móveis. Até outubro, mais de 12 mil infrações foram registradas.
"Eu acho correto triplicar as multas, para ver se pesando no bolso eles [motoristas] vão ter mais um pouquinho de cautela", opinou o caminhoneiro Marivaldo da Silva.
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