Maracanã poderá deixar de ser administrado pelas empresas Odebrecht, AEG e Imx
Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) | Fotos: Reprodução

Com isso, de acordo com o governador Luiz Fernando Pezão, as empresas que ficaram de fora na primeira concorrência teriam condições de entrar em uma nova, porque as garantias a serem apresentadas passam a ser menores. A alteração se dá por conta da desistência do Governo em demolir o estádio de atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio de Lamare, do Museu do Índio e da Escola Municipal Friedenreich.
Durante a posse dos novos secretários nesta segunda-feira (5), no Palácio Guanabara, Pezão comentou o assunto. "Mudou muito o escopo da licitação do Maracanã. Estamos discutindo com a Procuradoria Geral do Estado se poderíamos manter a licitação. Havia investimentos ali de R$ 600 milhões. Mas já que não vai fazer o novo Júlio de Lamare, o novo Célio de Barros. Era previsto ainda a construção de um shopping e de um estacionamento. Nada disso vai dar para se fazer, pois se optou por recuperar o Júlio de Lamare e o Célio de Barros. Estamos vendo se isso pode ser mantido. As obrigações de contrato caem de R$ 594 milhões para R$ 100 milhões. Será que com esse valor outras empresas que ficaram de fora não entrariam? Eu pedi oficialmente para a PGE dar seu parecer", explicou.
A reforma do Júlio de Lamare e do Parque Aquático sediarão um evento-teste para os Jogos Olímpicos em novembro, o que pode complicar ainda mais a situação. Uma nova licitação pode demorar meses, já que é preciso fazer um estudo de viabilidade econômica do Maracanã. Também será necessário refazer o edital e todo o processo — que em 2013 durou três meses. Só depois disso, as obras do Maracanãzinho e do Parque Aquático poderiam começar. E faltam 19 meses para os Jogos Olímpicos.
Com o pedido de readequação do contrato, o governo deixará de receber R$ 494 milhões em obras e algumas delas terão de ser feitas com o dinheiro público. Na reforma que fez no Maracanã, entre 2010 e 2013, o Estado do Rio gastou R$ 1,26 bilhão, sendo que R$ 400 milhões foram investidos através de um financiamento do BNDES, que deverão ser pagos.
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